O ano de 2020 não cansa de nos surpreender. Boa parte das surpresas foram, é claro, desanimadoras, mas aquelas que são animadoras, não deixam nada a desejar. Uma dessas foi a revelação de que, em 2021 a DC Comics vai publicar uma linha de revistas chamada DC Future State, que traz, entre muitas novidades, Yara Flor, a Mulher Maravilha Amazônica.

A linha de HQs DC Future State, situada no ano de 2030, vai mostrar novas versões da Liga da Justiça em diversas minisséries que vão durar dois meses. A HQ Mulher-Maravilha será escrita por Joëlle Jones.

Brasileira não, Amazônica

Yara Flor é uma amazonense que mora nos Estados Unidos. Segundo o editor Jamie S. Rich, a narrativa da minissérie terá como um dos seus focos a relação que a tribo de amazonas da qual Yara faz parte tem com as outras tribos da região amazônica.

Falando em tribo, não é a primeira vez que surge uma tribo de amazonas fora da ilha de Themyscira. Uma segunda tribo já havia aparecido nos quadrinhos nos anos 80, as Bana-Mighdall, formada por dissidentes de Themyscira, e que viviam em uma cidade secreta nos desertos do Egito.

A tribo da qual Yara faz parte parece ter aparecido em Mulher-Maravilha Anual #4, lançada em agosto de 2020 e que, de acordo com a descrição no site da DC, ‘moldaria o futuro do Universo DC’.

A HQ foi desenhada pelo paraibano Jack Herbert e foi inspirada na cidade de João Pessoa

Na história, a Mulher-Maravilha é enviada pelo conselho das amazonas para investigar a aparição de uma cidade misteriosa habitada apenas por mulheres que surgiu do nada no litoral brasileiro. A cidade está cercada por uma bolha de energia e, dentro dela, as moradoras sofrem de estresse e tensão psicológica por lidar com uma realidade distorcida. Diana Prince descobre que o feitiço é mais um trabalho das bruxas dos Dark Fates. Depois de derrotá-las, Diana descobre, através da ex-líder das Bana-Mighdall, que existe uma tribo altamente avançada de mulheres guerreiras vivendo na América do Sul, e que elas é que criaram aquela cidade. Diana parte então para conhecer essas novas irmãs.

Os fãs da DC tem teorizado de que essa garotinha de blusa preta que aparece no final do quadrinho é a Yara Flor.

A localização da nova tribo traz interessantes elementos para serem inseridos na história. É de se esperar, por exemplo, que Joelle Jones aborde mitologia amazônica em sua minissérie, tendo em vista que a autora já confirmou em seu Twitter a aparição da Caipora.

Inspirada em uma atriz brasileira

Ao ser questionada por um fã em sua conta do instagram se Yara Flor foi inspirada na atriz brasileira Suyane Moreira, a autora Joelle Jones respondeu que usou imagens de Suyane como referência quando estava criando o visual de Yara.

Suyane Moreira é uma atriz e modelo de descendência indígena e africana que já atuou na minissérie Amazônia de Chico Mendes, Mutantes – Caminhos do Coração, e fará parte da próxima temporada da série Sessão Terapia da Globoplay.

Criadora da Mulher Maravilha brasileira admite inspiração em Suyane Moreira

Yara Flor já vai ganhar sua própria série de TV

Antes mesmo da primeira edição da HQ ser lançada, foi confirmado que a personagem vai ganhar sua própria série na CW. Em uma sinopse revelada pela Variety, Yara Flor será filha de uma guerreira Amazona e de um Deus Brasileiro dos Rios. Na série, Yara assume o manto de Moça Maravilha.

Após a confirmação da série, como era de se esperar, os fãs brasileiros entraram em contato com Suyane Moreira perguntando se ela foi escalada como Yara Flor para a série da Moça Maravilha e a atriz respondeu que nenhum executivo da CW entrou em contato com ela até o momento.

O futuro é incerto

Não foi confirmado se Yara Flor retorna para outras aventuras além da DC Future State. A primeira edição da minissérie chega às bancas estadunidenses no primeiro semestrede 2021 e ainda não tem previsão para chegar no Brasil.

Vale lembrar que Yara Flor não vai substituir Diana Prince como principal Mulher Maravilha nos quadrinhos. Durante a saga DC Future State, Diana ganhará uma revista própria chamada Immortal Wonder-Woman.