Andriolli Costa, 27 anos, é jornalista, narrador e pesquisador de folclore e cultura popular. Conhecido na internet como Colecionador de Sacis, devido ao blog que lhe concede tal alcunha, ele convocou autores e artistas de diversos lugares do país para uma missão honrosa: mostrar como o saci ainda vive no dia a dia do brasileiro, mas em novas formas. “O saci que some com o dedal da costureira e trança a crina dos cavalos é o mesmo que dá nó no fone de ouvido que fica no bolso. O mesmo que faz cair o 4G do celular. O Saci não ficou na roça. Passeia entre nós. Não está restrito ao dia do folclore nas escolas, nem às discussões contra Halloween que povoam as redes sociais. Saci não é discurso, é mito vivo“, Afirma.

100 anos do Inquérito

Em 1917, Monteiro Lobato propôs aos leitores do “Estadinho”, suplemento do jornal O Estado de S. Paulo, do qual era colaborador, que enviassem cartas contando tudo o que soubessem ou tivessem ouvido falar sobre o mito do Saci-Pererê. Especificamente, pedia respostas a três perguntas:

1. Qual a sua concepção pessoal do Saci; como o recebeu na sua infância; de quem recebeu; que papel representou tal crendice na sua vida, etc.
2. Qual a forma atual da crendice na região do país em que o leitor vivia.
3. Que histórias e casos interessantes conhecia a respeito do Saci.

” O Sacy Pererê – Resultado de um Inquérito” foi o primeiro livro de Lobato, feito a partir do material recolhido.

Versão Atualizada

100 Anos depois, Andriolli reúne novos causos como Sacis que moram em Pokebolas e muito mais. Até eu acabei entrando na brincadeira e mandei um Saci que já tinha engarrafado pra ele o qual vocês podem achar em Masmorras & Boitatás (na página 74). Você acessar a revista aqui.

Curta-Metragem

Andriolli escreveu ainda um curta-metragem que conta a história de um homem de meia idade que vive sozinho com uma coleção de garrafas, cada uma com um saci diferente dentro. Quando a mais antiga delas cai e quebra, Mário tem certeza de que o diabinho está solto pela casa e fará de tudo para capturá-lo outra vez – inclusive pedir ajuda ao Negrinho do Pastoreio. No entanto, ao buscar o que foi perdido, talvez ele encontre o que preferia nunca ter descoberto.

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