Financiamento coletivo traz clássico de mistério vitoriano para o Brasil, obra publicada originalmente em 1910 ainda é inédita no país

Se você é fã do investigador criado por Sir Arthur Conan Doyle, pode se interessar também por Lady Molly. A personagem, conhecida como a primeira investigadora da Scotland Yard na literatura detetivesca, foi criada pela Baronesa Emma Orczy.

O livro, originalmente publicado em 1910, ainda é inédito no Brasil – buscando mudar isso, a Laboralivro lançou uma campanha no Catarse, para viabilizar “Lady Molly da Scotland Yard”

A obra é composta de 12 contos que narram, de forma divertida, mistérios de todos os tipos: sumiços, sequestros e até mesmo assassinatos. A narrativa, aos moldes de Sherlock Holmes, é conduzida por Mary, a assistente da brilhante detetive. Juntas, Molly e Mary resolvem os enigmas que assombram as colinas e planaltos de Inverness, na Escócia. 

Para esta edição, além do texto inédito, os leitores também poderão se deleitar com as ilustrações originais do livro, recuperadas especialmente para a ocasião. Os apoiadores receberão, ainda, recompensas personalizadas com a temática da coleção “Senhorita Detetive”.

A autora

Descendente da nobreza húngara, Emma Magdolna Rozália Mária Jozefa Borbála Orczy de Orci assinava seus escritos apenas como Baronesa Orczy. Sua obra mais conhecida é o romance “Pimpinela Escarlate”, de 1905. O livro rendeu-lhe fama e – mais tarde – chegou a ser adaptado para o cinema e a televisão. 

Nascida na Hungria, em 1895, Orczy estudou arte em Londres e teve trabalhos expostos na Royal Academy. Não à toa, embora tivesse origem húngara, é conhecida como artista plástica e escritora britânica. Junto com seu marido, Montagu Barstow, trabalhou como ilustradora e chegou a publicar contos populares de sua terra natal. Antes do romance de sucesso, “Pimpinela Escarlate” era uma peça teatral, que Orczy também assinou em coautoria com o marido. A escritora faleceu em Londres, em 1947, aos 52 anos. 

A coleção

A publicação integra a coleção “Senhora Detetive” da Laboralivros. O projeto busca resgatar autoras e personagens da literatura de mistério do século XIX e início do XX. “Muitas escritoras não tiveram seus livros republicados, e acabaram não sendo conhecidas do grande público. São obras de mistério de alta qualidade, que merecem espaço e reconhecimento”, afirma Lua Bueno, co-fundadora da Labora e editora do projeto.

A campanha no Catarse, disponível até 30 de junho, conta com uma série de recompensas para os apoiadores. Da versão capa dura da obra, passando por marcadores de página-magnéticos, bolsa estampada, buttons e adesivos. Há também pacotes de recompensa com itens diferenciados, como uma lupa vintage

Criada em 2016, a Labora é um laboratório de livros que engloba as editoras Urso e BuruRu. O projeto, que conta também com uma cartela de serviços editoriais, realiza boa parte de suas publicações por meio de campanhas de financiamento coletivo. Com mais de dez obras no catálogo, a Labora busca conectar leitores e livros. Para conhecer mais trabalhos da Labora, acesse www.laboralivros.com

Serviço

Campanha no Catarse para publicação do inédito “Lady Molly da Scotland Yard”
Quando: Até 30 de junho

Contribuições a partir de R$25 podem ser feitas pelo Catarse da campanha. As recompensas estão previstas para agosto de 2021. 

Com informações de assessoria