Praticamente todo mundo já jogou algum tipo de jogo de tabuleiro ou de cartas. Mas além de clássicos como ‘Detetive’ e ‘Super Trunfo’ há um mundo completamente novo de jogos modernos, tão criativos e diferentes quanto divertidos.

Só que a complexidade de alguns deles acaba intimidando o jogador habituado com as regras simples do Banco Imobiliário. Por isso, listo aqui alguns jogos que eu adoro e que sempre uso para jogar com pessoas que tem pouca ou nenhuma experiência nesse tipo de jogo, por terem regras simples e que qualquer um pode aprender mesmo sem ter alguém pra ensinar.

Black Stories

Alguém puxa uma carta, lê um acontecimento macabro do tipo “Uma família enrola a avó num tapete. Pouco tempo depois, ela desaparece para sempre”, e os outros jogadores ficam fazendo perguntas cujas respostas só podem ser “Sim” ou “Não” até adivinharem o que foi que aconteceu. É só isso. E é divertidíssimo. Por praticamente não ter regras e não precisar de qualquer mesa, tabuleiro ou papel, dá pra jogar com qualquer pessoa e em qualquer lugar: de festas a viagens de carro. Sempre levo nas ceias de Natal. O jogo custa em torno de R$ 30 e vem com 50 casos.

Dixit

É um dos meus jogos favoritos, e exige apenas criatividade e um pouco de conhecimento sobre os outros jogadores. Em Dixit, cada jogador recebe 5 cartas com desenhos lindos que parecem vir de contos de fadas. Na sua vez, um jogador escolhe uma carta e diz um tema que tenha a ver com aquela carta. Esse tema pode ser uma palavra, um filme que a carta lembra, uma música, um som, até um gesto. Baseado nesse tema, os outros jogadores escolhem uma carta deles que pode mais ou menos combinar com ele (às vezes não tem, mas outras vezes combina tanto que chega a impressionar) e entrega pro primeiro jogador, que mistura todas e coloca sobre a mesa. Daí os outros precisam votar em qual carta eles acham que é a do jogador que deu o tema.

E aí que a coisa fica boa: caso a carta seja óbvia demais e todos acertem, quem escolheu o tema não pontua e não anda no tabuleiro. Caso seja difícil demais e ninguém acerte, idem. E mais: caso alguém vote numa carta que não é a do jogador que escolheu o tema, o jogador que colocou aquela carta ganha um ponto pra cada voto, por ter conseguido enganar os outros. As regras são simples, mas ser esperto na hora de escolher uma tema/carta e também conhecer a cabeça dos adversários ajuda muito. Cada partida dura em torno de 30 minutos e o jogo custa em torno de R$ 160. Quando enjoar das cartas que vem nele, é possível comprar outros baralhos de expansão, mas cada um custa em torno de R$ 100.

Kings of Tokyo

O objetivo é simples: ser o monstro gigante que vai dominar a cidade de Tokyo. Controlando monstros que lembram Godzilla, Kaijus, King Kong e outros, você e os outros jogadores brigam entre si usando cartas que lhe conferem habilidades até que sobre apenas um vivo ou que um de vocês alcance fama o suficiente para virar o Rei de Tokyo. Com suas cartas de power ups, dados e controle de danos ele até parece um jogo complicado a primeira vista, mas na segunda rodada todo mundo já entendeu a dinâmica do jogo. Custa em torno de R$ 170.

Inn Fighting

Em Inn Fighting, você e seus companheiros são aventureiros estilo Dungeons & Dragons, descansando em uma Taverna, até que uma briga começa e, claro, vocês não podem ficar de fora. Na sua rodada você joga os dados e pode escolher entre as seguintes ações: Dar um soco em alguém na sua esquerda, uma cadeirada em alguém na direita, usar uma habilidade especial (da carta do aventureiro que você está controlando) ou tomar uma cerveja para se recuperar dos danos. Você ganha pontos por bater nos outros e pode vencer com maior número de pontos de vitória ou por ser o último de pé. Esse jogo é muito divertido pra jogar com os amigos, especialmente se tiver cerveja de verdade na mesa, mas tem um porém: acredito que ele só é encontrado em Inglês, e se os jogadores não conseguirem ler as descrições de itens e habilidades, pode ser complicado jogar. Comprei ele por uns R$ 90 numa feira geek que rolou na extinta Dungeons & Burgers. Se você ficou curioso pra experimentar, dá pra jogar uma versão digital no Steam.

Coup

Coup (que pode ser traduzido como ‘Golpe [de estado]’) é um jogo de blefe. Você controla personagens da aristocracia (Duque, Condessa, Capitão da Guarda, Embaixador e Assassino) para tirar de jogo os outros jogadores e ganhar influência. Cada personagem te permite ações diferentes, mas a graça é: os outros jogadores não sabem ao certo qual personagem você controla, então se você disser que é o Capitão da Guarda e colar, colou. Mas se alguém duvidar do seu blefe, você deve mostrar a carta daquele personagem e, se ele não for quem você disse, você perde um personagem. Mas se for, quem duvidou é que perde uma. Quando algum jogador perde suas duas cartas, está fora da partida. Ou seja, pra vencer nesse jogo é preciso mentir, mas, principalmente, saber mentir. Quem for o melhor de blefe consegue dar o Golpe e ganhar o poder (dizem que esse é o jogo favorito de um certo vice-presidente sanguessuga). As partidas costumam ser rápidas, principalmente porque você precisa pensar rápido. Coup custa em torno de R$ 70 e a edição mais recente vem com uma expensão chamada ‘A Reforma’ (que apropriado).

Onde jogar

Quem nunca jogou nenhum desses boardgames e cardgames pode experimentar vários deles no evento ‘Geek Experience‘ que tá rolando até o dia 01 de fevereiro no Amazonas Shopping. Todos os dias tem monitores ensinando a jogar em oficinas para iniciantes, totalmente gratuitas.


ESTA PUBLICAÇÃO É UM OFERECIMENTO DO AMAZONAS SHOPPING